Césio 30 anos

Césio 30 anos: eu também sou vítima

Em 13 de setembro de 1987, uma cápsula contendo 19 gramas de Césio-137 iniciou o maior acidente radiológico do mundo. Mesmo após décadas, os efeitos da radiação ainda afetam suas vítimas que permanecem reivindicando seus direitos através da Associação das Vítimas do Césio-137, da Associação dos Contaminados, Irradiados e Expostos ao Césio-137 e da Associação de Cabos e Soldados da Polícia e do Corpo de Bombeiro Militar de Goiás.

 Para pautar as dificuldades sofridas pelas vítimas ao longo dos 30 anos desde o acidente, a SAPÊ, o Fórum Sobre o Acidente com o Césio 137 e a Articulação Antinuclear Brasileira realizaram, em 2017, a série de eventos “Césio 30 anos: eu também sou vítima”. Foram promovidos debates, exibição de filmes, artes visuais e a terceira edição da exposição “Hiroshima Nunca Mais”, concebida pela SAPÊ em 2015. 

O projeto realizou o seminário “Césio-137 30 anos: questões atuais sobre a saúde e o direito das vítimas”, exibiu o longa-metragem “O Suplício: vozes de Chernobyl” e promoveu uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás.  

O antigo terreno na Rua 57, onde foi desmontado o aparelho de radioterapia que provocou o acidente, se tornou palco da intervenção artístico-política “Rua 57, N° 60, Centro”, do grupo de dança ¿Porquá? com trilha sonora do grupo Vida Seca e da exibição do premiado curta-metragem do diretor Benedito Ferreira, “Algo do que fica”. A presença de Junko Watanabe, sobrevivente da bomba atômica de Hiroshima e integrante da Associação Hibakusha Brasil pela Paz, provocou emoção e reforçou a compreensão de que o problema da radiação é amplo, afeta muitos territórios e gerações, e requer luta conjunta para enfrentá-lo.

Parte da exposição “Hiroshima Nunca Mais” foi exibida na Assembléia Legislativa do Estado de Goiás e depois seguiu para o Espaço Culturama, onde ficou em cartaz de 18 de setembro a 21 de outubro de 2017. Nesse período foi promovida também, junto ao Espaço Culturama, a “Mostra Césio 137”, com a exibição de 09 filmes. Os debates contaram com a presença da professora de cinema  Ceiça Ferreira, das vítimas do Césio-137, dos diretores Michael Valim, Ângelo Lima, Benedito Ferreira e integrantes da SAPÊ, além da performance artística “Corpo  em testemunho”, do grupo Corpo de Voz.

Ficha Técnica

Realização

Fórum Permanente sobre o acidente com o Césio 137
AAB – Articulação Antinuclear Brasileira
SAPÊ – Sociedade Angrense de Proteção Ecológica

Articulação Local

Júlio Nascimento

Produção Executiva

Amanda Alves
Irene Ribeiro

Assessoria de Imprensa e Comunicação

Juliana Ferreira

Identidade Visual

Víctor Teixeira

Exposição Hiroshima Nunca Mais

SAPÊ – Sociedade Angrense de Proteção Ecológica

Valor Projeto

R$30.000

 

Data

07 de agosto a 07 de novembro de 2017

Patrocínio

Fundação Heinrich Böll

Parceiros

Coalizão por um Brasil Livre de Usinas Nucleares – Xô Nuclear
Associação das Vítimas do Césio-137
Associação Hibakusha Brasil pela Paz
VidaSeca
¿Porquá? Grupo de Dança
ACIEC – Associação dos Contaminados, Irradiados e Expostos ao Césio-137
ACC – Associação de Cabos e Soldados da Polícia e do Corpo de Bombeiro Militar de Goiás.
ANTPEN – Associação Nacional dos Trabalhadores da Produção de Energia Nuclear

Apoio

Espaço Culturama
STICEP – Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada
APUC – Associação do Professores da PUC Goiás.
SINPRO GOIÁS – Sindicato dos Professores do Estado de Goiás